domingo, 24 de dezembro de 2017
Natal na Barca... Furada!
Lembro da primeira vez que li este conto de Lygia Fagundes Telles e do misto de sensações que ele me trouxe e culminando no final singelo, porém expressivo e que traduz uma das facetas do espírito natalino. Aliás, o livro do qual ele foi tirado, "Para Gostar de Ler", foi um dos primeiros que tive contato com contos e crônicas e me apaixonei à primeira vista. Vale MUITO a pena conferir a coleção.
Natal na barca
Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.
O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.
Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio.
Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.
A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o. rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.
— Tão gelada — estranhei, enxugando a mão.
— Mas de manhã é quente.
Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.
— De manhã esse rio é quente — insistiu ela, me encarando.
— Quente?
— Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas?
Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta:
— Mas a senhora mora aqui perto?
— Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje...
A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era sereno.
— Seu filho?
— É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem mas piorou de repente. Uma febre, só febre... Mas Deus não vai me abandonar.
— É o caçula?
Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo mas o olhar tinha a expressão doce.
— É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito... Tinha pouco mais de quatro anos.
Joguei o cigarro na direção do rio e o toco bateu na grade, voltou e veio rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo.
— E esse? Que idade tem?
— Vai completar um ano. — E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado... A última mágica que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.
Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. E agora não tinha forças para rompê-los.
— Seu marido está à sua espera?
— Meu marido me abandonou.
Sentei-me e tive vontade de rir. Incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta porque agora não podia mais parar, ah! aquele sistema dos vasos comunicantes.
— Há muito tempo? Que seu marido...
— Faz uns seis meses. Vivíamos tão bem, mas tão bem. Foi quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, me falou nela fazendo uma brincadeira, a Bila enfeiou, sabe que de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito? Não tocou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda fez assim com a mão, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me deu um adeus através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio... Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.
Olhei as nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido, via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma certa irritação me fez andar.
— A senhora é conformada.
— Tenho fé, dona. Deus nunca me abandonou.
— Deus — repeti vagamente.
— A senhora não acredita em Deus?
— Acredito — murmurei. E ao ouvir o som débil da minha afirmativa, sem saber por quê, perturbei-me. Agora entendia. Aí estava o segredo daquela segurança, daquela calma. Era a tal fé que removia montanhas...
Ela mudou a posição da criança, passando-a do ombro direito para o esquerdo. E começou com voz quente de paixão:
— Foi logo depois da morte do meu menino. Acordei uma noite tão desesperada que saí pela rua afora, enfiei um casaco e saí descalça e chorando feito louca, chamando por ele! Sentei num banco do jardim onde toda tarde ele ia brincar. E fiquei pedindo, pedindo com tamanha força, que ele, que gostava tanto de mágica, fizesse essa mágica de me aparecer só mais uma vez, não precisava ficar, se mostrasse só um instante, ao menos mais uma vez, só mais uma! Quando fiquei sem lágrimas, encostei a cabeça no banco e não sei como dormi. Então sonhei e no sonho Deus me apareceu, quer dizer, senti que ele pegava na minha mão com sua mão de luz. E vi o meu menino brincando com o Menino Jesus no jardim do Paraíso. Assim que ele me viu, parou de brincar e veio rindo ao meu encontro e me beijou tanto, tanto... Era tamanha sua alegria que acordei rindo também, com o sol batendo em mim.
Fiquei sem saber o que dizer. Esbocei um gesto e em seguida, apenas para fazer alguma coisa, levantei a ponta do xale que cobria a cabeça da criança. Deixei cair o xale novamente e voltei-me para o rio. O menino estava morto. Entrelacei as mãos para dominar o tremor que me sacudiu. Estava morto. A mãe continuava a niná-lo, apertando-o contra o peito. Mas ele estava morto.
Debrucei-me na grade da barca e respirei penosamente: era como se estivesse mergulhada até o pescoço naquela água. Senti que a mulher se agitou atrás de mim
— Estamos chegando — anunciou.
Apanhei depressa minha pasta. O importante agora era sair, fugir antes que ela descobrisse, correr para longe daquele horror. Diminuindo a marcha, a barca fazia uma larga curva antes de atracar. O bilheteiro apareceu e pôs-se a sacudir o velho que dormia:
- Chegamos!... Ei! chegamos!
Aproximei-me evitando encará-la.
— Acho melhor nos despedirmos aqui — disse atropeladamente, estendendo a mão.
Ela pareceu não notar meu gesto. Levantou-se e fez um movimento como se fosse apanhar a sacola. Ajudei-a, mas ao invés de apanhar a sacola que lhe estendi, antes mesmo que eu pudesse impedi-lo, afastou o xale que cobria a cabeça do filho.
— Acordou o dorminhoco! E olha aí, deve estar agora sem nenhuma febre.
— Acordou?!
Ela sorriu:
— Veja...
Inclinei-me. A criança abrira os olhos — aqueles olhos que eu vira cerrados tão definitivamente. E bocejava, esfregando a mãozinha na face corada. Fiquei olhando sem conseguir falar.
— Então, bom Natal! — disse ela, enfiando a sacola no braço.
Sob o manto preto, de pontas cruzadas e atiradas para trás, seu rosto resplandecia. Apertei-lhe a mão vigorosa e acompanhei-a com o olhar até que ela desapareceu na noite.
Conduzido pelo bilheteiro, o velho passou por mim retomando seu afetuoso diálogo com o vizinho invisível. Saí por último da barca. Duas vezes voltei-me ainda para ver o rio. E pude imaginá-lo como seria de manhã cedo: verde e quente. Verde e quente.
Texto extraído do livro “Para gostar de ler – Volume 9 – Contos”, Editora Ática.
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
Damião Experiença - Parte 2 - O Dossiê
"Vou para a praia ver as piranhas nadar". Damião Experiença - A Praia das Piranhas e dos Chifrudos |
Fugiu escondido em um navio para o Rio de Janeiro, tornou-se marinheiro e depois cafetão e gigolô, segundo sua biografia
Teve seu nome artístico inspirado em Jimi Hendrix Experience
Nas músicas, tocava um violão que parecia ter quatro cordas e uma gaita
Financiava todos os seus discos e fazia questão de falar isso nas gravações (0% lei Rouanet)
Damião saiu da Marinha quando caiu de um mastro e bateu a cabeça. Talvez isto tenha agravado ainda mais a sua "loucura"
Seus discos tinham os mais variados nomes, tais como Cemitério Nazista II, Planeta Quentão, Cheirando Alho no Planeta Lamma, AdeusAdolfHitler1945Fim, Planeta Lavoura, Planeta Cabelo, e as músicas títulos como: Pato, Galinha, Café, Pão, Queijo, UOC, SOM, Loucura total 1999, Que dor que eu sinto
Damião morreu em dezembro de 2016 e o que mais me interessou na sua história foi como ele conseguiu lançar tanto disco com títulos e músicas que poderiam ser considerados subversivos e fazer tantas referências à União Soviética em pleno Regime Militar Brasileiro (1964-1985). Sem dúvidas, foi uma história bastante intrigante e um artista único no Brasil.
Deixou um site com toda a sua discografia, biografia e fotos, todos disponíveis para download gratuito. Certamente organizado por fãs.
Site: Portão do Daminhão
Há também o documentário-curta metragem do Damião Experiença no Youtube.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
Pepe, KEK & Meme Magic
‘Kek’ também é uma onomatopeia coreana oriunda de ㅋㅋㅋ com ㅋ significando o som de K. Ela é usada para representar uma risada marota, não diferente do “kkkkkkkk” comum no Brasil. O termo apareceu com a popularização do primeiro Starcraft na Coreia do Sul. Como o jogo não suportava a linguagem coreana, jogadores ao invés de digitarem ㅋㅋㅋ adaptavam a expressão para “kekeke”. Anos depois, em World of Warcraft, a comunicação entre membros de diferentes facções, Alliance ou Horde, era proibida. Assim, todo texto digitado passava por um tradutor in-game que tornava a mensagem indecifrável para membros do grupo rival. ‘KEK’ era usado quando um jogador digitava ‘LOL’.
Com tudo isso, era inegável a ligação entre a imagem de Pepe e o deus egípcio Kek. A crença era que através da Meme Magic e de seu avatar moderno, Pepe, Kek influenciava o mundo, realizando os desejos de posts no 4chan cuja numeração terminava com dígitos duplos, feitos chamados de ‘GET’. Em 19 de junho de 2016, tudo se alinhou quando um post conseguiu o mítico 77777777, com o 7 geralmente sendo um número de sorte em várias culturas ao redor do mundo. A mensagem do post era simples e direta: “Trump will win” (“Trump irá vencer”, acima).
Clique para ampliar |
sábado, 18 de novembro de 2017
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Damião Experiença - Parte 1
Fiz enquanto ouvia o lado UOC do ADEUSADOLFHITLER1945FIM.
Não conheces o Damminhão? Só tenho a lamentar por isso... APENAS BUSQUE CONHECIMENTO!
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Arquivo do Blog: Antropofagia
Tem WEBCOMICS tão ridículas que são boas
Tem dossiês sobre coisas doidas
Tem receitas maravilhosas
Tem críticas literárias
Tem conteúdo científico
Tem mulher pelada em 2-D
Tem críticas acerca da nossa sociedade e sobre o Brazil
Tem desenhos mais que toscos feitos no paint
É isto e muito mais, desde 2010.
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
domingo, 24 de setembro de 2017
É Arte
Interrompemos a programação insuportável, patética e monótona do domingo à noite para postar esta obra de arte no meu blog: um desenho feito por minha mãe no paint do celular dela.
Pelo menos é melhor que Romero Brito e a exposição do Satãnder.
sábado, 16 de setembro de 2017
Dossiê Zumbi: Como Eu Escaparia de um Apocalipse Zumbi
Eu vou escrevendo essas matérias do Dossiê aos poucos, portanto, pode ser que pareça desconexa, mas é só na forma de escrever. As ideias estão uniformes.
Começando:
A maré nessas áreas costumam subir bastante, aí vem peixes, e etc.
Não há terra cultivável nos manguezais, mas provavelmente daria para fazer uma horta e pomar pelas redondezas, iria ter que caminhar um pouco, mas... Sem falar que o solo em regiões de manguezais é rico em matéria orgânica, boa na agricultura.
Então se por um acaso, se houver um apocalipse zumbi e já tiverem lido o dossiê do Tio Arce, saberão o que fazer!
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
Heavy Heavy Traffic
Heavy Traffic é uma animação underground de Ralph Bakshi. Vale a pena assistir a este filme e vale a pena ver minha versão da personagem Carole.
Veja que sou uma bosta na colorização.
sábado, 5 de agosto de 2017
Culinária Faca na Maricota: O Retorno Com Omelete Vitaminado e Explosivo de BerinJela e Omelete Atômico Destrutivo de Agrião e Talos
Olha essa foto e seus mínimos detalhes, vê se não dá vontade de comer? |
Hoje vou trazer duas receitas que eu faço quando estou morto de fome. Já falei aqui que eu não como carne de mamíferos e não como mais mesmo. Por questões pessoais e que gosto muito de animal, mas enfim. Se eu for na casa de alguém e tiver carne, eu
sábado, 29 de julho de 2017
Dia das Laranjas Assassinas
É a continuação da história, explorando os acontecimentos das laranjas e a minha 4ª webcomic. Eu particularmente gostei muito do final que bolei para esta e foi uma das que mais desenhei detalhes. Resumindo, foi a melhor que fiz até agora em todos os aspectos.
Eu gostei tanto dessas laranjosas que quero fazer um grand finale com toda essas histórias, inclusive envolvendo os personagens da Guerra da Manguaça, minha outra webcomic e outras que por acaso vierem a surgir. Vai ser um puta crossover digno de Marvel e DC, mas sabe-se lá quando vou começar e terminar, mas que eu termino, eu termino!
ENJOOOY:
quinta-feira, 27 de julho de 2017
Arquivo do blog - Rato dos Sintomas
Esses desenhos me lembram que fui adepto do humor negro desde os primórdios da minha vida, muito antes disso virar modinha de internet. E é claro que os sintomas aí são pura invenção da minha cabeça...
E abaixo, o veneno mais letal da história da humanidade. Já matou mais que a peste bubônica, Hitler, Stalin e Pol Pot juntos: a terrível MANGA COM LEITE!!!
A substância mais perigosa que existe! |
domingo, 23 de julho de 2017
quinta-feira, 20 de julho de 2017
Um Pouco da História das Laranjas
Vou falar um pouco sobre estas duas histórias toscas que eu, o rei do paint, criei.
Eu sou fã de filmes de terror e filmes trash, a inspiração surgiu a partir daí, então tive como base os filmes O Ataque dos Tomates Assassinos e a trilogia dos mortos de George A Romero (Noite dos Mortos Vivos, Despertar dos Mortos e Dia dos Mortos). As histórias são bastante educativas: tem muito sangue, porrada, suspense, mulheres boazudas, cientistas malucos, carniça, ossos partindo, órgãos para fora, mais sangue e um dose de zoeira!
Não lembro muito bem a ideia de usar laranjas, poderiam ser melancias ou qualquer outra fruta, contanto que não fossem tomates, mas talvez por que laranja é uma coisa bem comum por aqui ou a questão de que no filme O Poderoso Chefão (outro filme que gosto bastante), sempre que aparece uma laranja, alguém vai morrer; vagamente isso mas enfim, não lembro.
A Noite das Laranjas Assassinas pode ser lida na seção de links MINHAS WEBCOMICS PUBLICADAS na barra ao lado ou seguindo esse link aqui. E o Dia das Laranjas Assassinas estou quase terminando, em breve será postado aqui.
terça-feira, 18 de julho de 2017
Quer Banana? Tome!
Bananinha, bananão! |
Banana engorda e faz crescer
segunda-feira, 17 de julho de 2017
Uma Minúscula História Monocromática de Suspense Nonsense (Até Certo Ponto) Sem Final Definido: Episódio 2
Aliás, essa """"webcomic"""" é só pra tapar buraco mesmo então não há o que se esperar muito dela. É a continuação, e explicação, de outra loucura webcômica que pode ser vista aqui.
sexta-feira, 14 de julho de 2017
Palavras Mais Engraçadas da Língua Portuguesa
Fonte: http://cultura.estadao.com.br/blogs/ricardo-lombardi/as-100-palavras-mais-engracadas-da-lingua-por-max-nunes/
segunda-feira, 10 de julho de 2017
Torta na Cara Infinita: O Filme
Elenco: Framboliônio Serra
A torta
Camareira: Maria das Graças Queirós
Câmera: Tibúrcio Paracelso Pereira
Iluminação: Antônio Estrebrilino
Maquiladora: Carlota Joaquina
Diretor: Arcimar Silvolino
Torta sabor banana d'água, doada pelo patrocinador Delicatessen do Zé Panturrilho
Ano: 2017
sábado, 8 de julho de 2017
Extra! Extra! Polícia Estoura Desmanche de Bicicletas!
A polícia dos Estados Unidos do Brazil, através de uma minuciosa investigação estourou um grande desmanche de bicicleta no bairro do Bacorinho de baixo.
Ao todo cinco pessoas participavam do desmanche: um menor trombadinha de iniciais K.C.T., um borracheiro: João Basquetino, um passador: Chicorino Frazão e o chefe da quadrilha e também borracheiro, Tasquião Babauíno Freitas.
Tasquião afirmou que o desmanche garantia um capital de giro no seu outro negócio, espetinho de linguiça de procedência duvidosa, que também estaria sob investigação da vigilância sanitária sob suspeita de conter carne de rato, sapo e morcego.
O mais incrível desse caso é que o passador, Chicorino Frazão, é um estudante universitário do curso de ciências sociais. Questionado pelo nosso repórter, ele agiu de forma arredia com cusparadas e gritos histéricos, mais tarde, já na delegacia, ele afirmou que desempenhava um papel na luta contra o sistema capitalista opressor.
Um outro homem, denominado Caroliano Cerquilhino, também estava no local e afirmara ser apenas um comprador e também foi preso por suspeita de receptação de roubo. Aparentemente embriagado, foi levado à delegacia e posteriormente afirmou que iria comprar uma bicicleta para carregar uma muamba de alpiste para passarinho, após o interrogatório ele foi liberado.
Todos os meliantes foram encaminhados ao presídio do Chaparral e o delegado espera que as pessoas lesadas pela quadrilha compareçam para incrementar a pena.
Abaixo algumas bicicletas apreendidas na operação.
domingo, 2 de julho de 2017
Marte Ataca... Meus Sonhos
Maaaaaaaaaaaaano, esse foi bem louco pra variar, eu também tinha bastante controle das coisas, era assim:
Estavam muitos membros da minha família em uma casa (pai, mãe, tias, primas, irmão, até meus pinschers acho que estavam). De repente, no céu (era noite), aparece um objeto luminoso; este objeto começa a meter bala no que parece ser um avião, que explode no ar.
Então, eu me revoltei e comecei a falar palavrão para as naves. Mandava-os à merda e outras coisas, mas não era suficiente para fazê-los ouvir.
Então fizeram um puta de um alto-falante, e uma mulher que parecia com a Vera Fischer começou a xingar a nave e eles mandaram um laser azul que saiu da nave e bateu dentro da casa, mas não acertou ninguém.
Depois todos começaram a xingar também e tacar pedras na nave, algo assim. O chão começou a tremer, acho que era a casa sendo abduzida para dentro da nave.
Eu tive um último pensamento heroico: "vou pegar o botijão de gás deixar aberto e meter fogo na cara desses veados". Acho que daria certo!
Daí não sei mais o que aconteceu, pois acordei. Este foi meu segundo sonho com ataque alienígena, acho, bem doido como sempre.
sábado, 1 de julho de 2017
A Cheia
Puta sonho doido: havia ladrões, índios fugindo e eu entrei numa casa, perseguindo-os, eu acho.
Esta casa tinha um rio no fundo, que começou a transbordar! Eu e uma mulher e alguns amigos dela conseguimos subir até o teto e depois pulando galhas de árvore e obstáculos, escapando da enchente, havia um cão de grande também. A água começava a baixar e depois não lembro mais o que ocorreu...
quarta-feira, 28 de junho de 2017
EUVI UM OVNI
Coisa que eu nunca contei por aqui foi esse relato de uma POSSÍVEL coisa avuadora não identificado, ou melhor dizendo Objeto Voador Não Identificado, ou OVNI.
Didi Mocó tem a história do pão e eu tenho a história do disco voador, tem gente que está cansada de ouvir (mas a minha não é fanfic) e tem muita gente que não sabe.
Pois bem, meu relato aconteceu há mais de sete anos, aproximadamente: eram umas 14:00 ou 15:00 e eu estava no primeiro andar do prédio do meu colégio esperando começar uma aula, esta escola (Ifba) foi construída em um local que anteriormente foi um manguezal e na margem do rio que corta a cidade (Valença-Bahia), e ainda há bastante dessa vegetação ao redor. De lá dava para ver grande parte da foz do rio, o oceano atlântico, algumas ilhas e um longo e enorme relevo com uma extensa área de mata atlântica desabitada e manguezais até uma praia que tem lá, ou seja deserto e não tinha rota de avião ou helicóptero no lugar em que eu avistei.
Fica assim: Olhando para a frente, essa paisagem que eu mencionei, olhando para o leste outra parte da ilha mencionada, olhando para o oeste, mais mata e estradas que dão para uma outra cidade pequena (desenho abaixo).
Na linha do horizonte havia muitas nuvens e eu estava olhando para lá (viajando na maionese como sempre) e por entre as nuvens, e de repente vi um pequeno objeto retangular (desenho abaixo do desenho abaixo) que afinava nas pontas, parecia ser metálico ou espelhado supus, pois tinha a coloração parecida com a do céu. Não passou com velocidade de avião nem de helicóptero, pela distância dava para perceber que viajava em linha reta com uma velocidade razoavelmente mais alta. Cerca de 10 segundos depois o objeto desapareceu por entre as nuvens, provavelmente foi em direção ao oceano ou para uma mata.
Refutando mais uma vez um possível argumento de que poderia ser um helicóptero:
- Pela distância o objeto estava mais veloz que um avião de pequeno porte (que poderia supostamente passar por ali naquele momento) mas não de um helicóptero;
- Se fosse avião de grande porte, eu poderia distinguir e ali não era rota de aviões;
- Não deixou rastros no céu, como fazem jatinhos e similares.
Eu não tinha celular com câmera na época e também não tinha ninguém ao meu lado, mas que eu vi, eu vi! Eu sempre conto a algumas pessoas e elas não acreditagm e agora registro aqui.
P.S.: Se alguém que está lendo tem uma história curiosa envolvendo um possível avistamento, conte-nos nos comentários! 👽
Geografia e panorama do local |
O objeto retangular parecia ser metálico pois estava na mesma tonalidade das nuvens e do céu, como eu disse. |
A cidade de Valença, Bahia. Ao fundo a famosa Ilha de Tinharé. |
terça-feira, 13 de junho de 2017
O Exorcista
Eu sonhei que era uma espécie de exorcista, no maior estilo Padre Quevedo.
Entrei numa casa que havia almas penadas, que expulsei na base da pancada mesmo, houve partes que eu voava muito alto. Mas foi muita porrqda comendo no sonho, pena que não lembro de mais coisas...
domingo, 23 de abril de 2017
terça-feira, 11 de abril de 2017
Os Programas Mais Idiotas da TV Aberta #5 - Big Bosta: Programas de Voto Aberto ao Público
Acho que a produção não se dá conta que só jovem desocupado fica o dia inteiro votando no computador, aquela moçadinha que não deve nem tirar o prato sujo da mesa depois que almoça, que não passa água num copo que bebe, vassoura na casa, bate um prego na parede e cola um retrato, tiras folhas secas pra queimar...
Acontece o mesmo em programas de competição musical. Bandas tecnicamente superiores perdem para outras de qualidade inferior, por motivos fúteis e que não dá pra acreditar.
Vota com o estômago ou como se fosse jogo de futebol, levando raivinha, pitis, batida de pés e ataques de pelanca.
PELO AMOR DE DEUS, PRODUTORES DE PROGRAMAS, NÃO DEIXEM MAIS VOTO ABERTO AO PÚBLICO!!! A grande maioria não sabe nem votar pra vereador direito...
Fim.
segunda-feira, 3 de abril de 2017
Celular
A navegação nos primeiros celulares que eu tive era via WAP, uma espécie de internet discada. Muito ruim e lenta, gastava seus créditos em um tapa. Cada minuto conectado eram cerca de R$ 0,50, um roubo, já que as telas dos celulares eram monocromáticas (aqueles pontinhos pretos, os pixels) e aí não tinha muito o que ver, só checar emails (quem tinha), previsão do tempo, notícias curtas e tal.
Depois surgiu o GPRS, que só cobrava por clique em links, ou seja, pelo tamanho de dados que você puxava/enviava da/para web.
Lembro que uma vez ganhei um domingo inteiro de GPRS grátis por erro da operadora ou algum bug. Fiquei o dia todo baixando música, jogos, imagens pornográficas hahaha!
Existiam uma porrada de sites para baixar jogos, músicas, wallpapers grátis, não lembro de muito, mas tinham alguns bem completos.
Os fóruns também já faziam bastante sucesso nos celulares.
Para a alegria da rapaziada, muito antes do xvideos, existia o phonerotica, tinha uma cacetada de conteúdo pornográfico grátis para baixar (vídeos, fotos), todos com 500 Kb no máximo eu falei Kb e não Mb. E demorava pacas!
A maioria dos jogos já vinham pré-instalados, como o clássico Snake II ou Space Impact da Nokia ou o Stack Atack do Siemens (era um tipo de brick game, só que você era um operário que tinha que empurrar as caixas antes que o local se enchesse delas ou uma acertasse sua cabeça).
Nos celulares mais antigos, os toques eram no formato .midi, eram aqueles toques bem simples mesmo. Mas tinham alguns com músicas completas, do início ao fim. Eu tinha o tema dos Power Rangers que tocava do início ao final!
Até certo tempo, ter uma câmera no celular era coisa de milionário, mas depois, com a chegada do tela colorida, foi ficando cada vez mais barato.
Enfim, essas foram algumas coisas que eu tive a oportunidade de presenciar com a chegada da tecnologia. Celulares são gadgets sensacionais, sem dúvidas, eu sem minha agenda sincronizada e lista de to-do's seria um caos, sem contar com o entretenimento (rádios online, músicas, vídeos) e as informações do que está acontecendo pelos sites jornalísticos e os emails - importantíssimos! E a boa e velha treta nas redes sociais.
Mas como toda coisa, tem seu lado bom e ruim, o ponto certo é saber utilizar e aproveitar o máximo de sua eficiência.
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Não preciso nem dizer que este é um dos meus filmes favoritos, praticamente em todas as webcomics que publiquei aqui tem alguma frase ou...
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Matéria movida para o blog dos anos 90, 2000 e 2010 Memória Millenial. Visite o link abaixo: https://memoriamillenial.blogspot.com/2024/...
Postagem em destaque
Dia das Laranjas Assassinas
Finalmente, a sequência da Noite das Laranjas Assassinas está aqui! É a continuação da história, explorando os acontecimentos das laranjas...