Falando mais uma vez sobre literatura, esse poema é um dos que mais gosto, o li a primeira vez no ginásio (quinta a oitava série, antes da mudança de números das séries) em uma aula de português pela manhã. É o "Vimos a Lua", de Cecília Meireles.
Ele passa uma descrição bastante clara do que está sendo narrado, e esse é o motivo de sempre que leio essa poesia, me transporto para a mesma.
(Suspiro)...
Ele passa uma descrição bastante clara do que está sendo narrado, e esse é o motivo de sempre que leio essa poesia, me transporto para a mesma.
(Suspiro)...
Vimos a Lua nascer, na tarde clara.
Orvalhavam diamantes, as tranças aéreas das ondas
e as janelas abriam-se para florestas cheias de cigarras.
Vimos também a nuvem nascer no fim do oeste.
Ninguém lhe dava importância.
Parece uma pena solta – diziam.
Uma flor desfolhada.
Vimos a lua nascer, na tarde clara.
Subia com seu diadema transparente,
vagarosa, suportando tanta glória.
Mas a nuvem pequena corria veloz pelo céu.
Reuniu exércitos de lã parda,
levantou por todos os lados o alvoroço da sombra.
Quando quisemos outra vez luar,
ouvimos a chuva precipitar-se nas vidraças,
e a floresta debater-se com o vento.
Por detrás das nuvens, porém,
sabíamos que durava, gloriosa e intacta , a lua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário